Foto: Fabiano Trichez
Às vezes eu tenho medo do meu computador da internet. Dessa constante de todos terem vidas perfeitas e quererem agradar seja por uma foto no 9gag, seja pelas frases muitas vezes recortadas que se identificam. Muitas vezes, hoje, para você poder ter um sentimento você deve compartilha-lo (ou twitta-lo, enfim), se você está feliz você primeiro divide isso antes de sentir. Precisamos compartilhar antes de sentir.
Ao mesmo tempo deixamos acumular os e-mails na caixa de entrada, apesar de passarmos muito tempo na internet. Ainda, aquela sensação de estar sozinho em meio a uma multidão, afinal ficamos mais sozinhos (isso não significa que não haja interação).
Também, a desagregação da conversa, é conversar sem voz, conversar na internet. Você pode escrever sem ser interrompido sem ter os percalços de uma conversa com falas de voz. É mais fácil dizer “que ama e sente saudades” pelo computador. Paramos de prestar a atenção em quem está ao nosso lado quando estamos presos com esta tela é difícil conseguir se comunicar com pessoas reais quando o mundo virtual se desdobra na sua frente.
As fronteiras estão menores, estamos sempre conectados, mas esbarramos não só na fronteira da voz, mas também na dos relacionamentos. Quantas vezes nos sentimos desajeitados ao nos depararmos com a pessoa que trocamos milhares de palavras online? Tudo tem um preço. Até que ponto nossos relacionamentos não serão apenas retweets e botões de curtir?
E os avatares parte da personalidade e parte da subversão dela. Até que ponto nossa identidade real não se transforma em um avatar? Em uma projeção do que queremos ser para os outros e não do que somos na realidade. Todos tem fotos de lugares legais, de pedaços da sua vida (muitas vezes alinhadas em uma linha do tempo), festas, bares, pontos turísticos, atividades arriscadas para seus protótipos de vida perfeita e da necessidade de serem curtidos para serem reconhecidos.
Não quero ser antiquada, apenas acho necessário aprendermos que apesar de termos crescido e amadurecido com o mundo virtual, isto não quer dizer que este mundo amadureceu.
Ao mesmo tempo deixamos acumular os e-mails na caixa de entrada, apesar de passarmos muito tempo na internet. Ainda, aquela sensação de estar sozinho em meio a uma multidão, afinal ficamos mais sozinhos (isso não significa que não haja interação).
Também, a desagregação da conversa, é conversar sem voz, conversar na internet. Você pode escrever sem ser interrompido sem ter os percalços de uma conversa com falas de voz. É mais fácil dizer “que ama e sente saudades” pelo computador. Paramos de prestar a atenção em quem está ao nosso lado quando estamos presos com esta tela é difícil conseguir se comunicar com pessoas reais quando o mundo virtual se desdobra na sua frente.
As fronteiras estão menores, estamos sempre conectados, mas esbarramos não só na fronteira da voz, mas também na dos relacionamentos. Quantas vezes nos sentimos desajeitados ao nos depararmos com a pessoa que trocamos milhares de palavras online? Tudo tem um preço. Até que ponto nossos relacionamentos não serão apenas retweets e botões de curtir?
E os avatares parte da personalidade e parte da subversão dela. Até que ponto nossa identidade real não se transforma em um avatar? Em uma projeção do que queremos ser para os outros e não do que somos na realidade. Todos tem fotos de lugares legais, de pedaços da sua vida (muitas vezes alinhadas em uma linha do tempo), festas, bares, pontos turísticos, atividades arriscadas para seus protótipos de vida perfeita e da necessidade de serem curtidos para serem reconhecidos.
Não quero ser antiquada, apenas acho necessário aprendermos que apesar de termos crescido e amadurecido com o mundo virtual, isto não quer dizer que este mundo amadureceu.
Mayara Floss
Penso que esse tema seja mais polêmico do que "o que a tia da amiga da prima de 3º grau da fulana famosa fez na festa dos ciclanos igualmente famosos" e mais interessante de se discutir, também.
ResponderExcluirExiste por parte dessa gurizada mais jovem uma grande quantidade dessa necessidade de querer ser "curtido" ou retwittado e seja lá mais o que for, mas... Não sei... das pessoas que eu me relaciono nessa coisa, os únicos que pedem o "curtir" ou o compartilhar são as pessoas que usam essas ferramentas como meio de divulgar o seu trabalho. Acho que o layout dessas redes é o que nos dão a impressão de que praticamente todo mundo age de forma mesquinha, como o clássico "quantidade de amigos". Tem gente que adiciona uma cambada de gente. Gente com 1000 amigos virtuais. Mas todo mundo tem consciência de que são apenas amigos virtuais, tanto que compartilham "amigo de verdade eu conto nos dedos" e semelhantes.
É que nem mudar o sentido de tráfego de uma rua. Todo mundo vai reclamar e vai alegar que a cidade toda vai começar a andar ali na contra mão, e a cidade toda vai ser multada, porque está habituada a trafegar ali da direita para a esquerda, e não da esquerda para a direita... não é assim que acontece. alguns poucos distraídos e desavisados vão fazer isso, depois, as coisas se endireitam, até formar o novo hábito.
Uma última coisa hehe, quanto ao curtir, um cara que eu conheço me contou que no inicio do facebook, quando ele divulgava musicas e fotos de sua banda, ele dizia que recebia uns 50 curtir. Agora a banda é mais conhecida e ele tem mais "amigos" e recebe 15. As pessoas contaram pra ele que tem preguiça de apertar o "curtir".
Há de tudo. Boas e más surpresas. Boas também.
ResponderExcluir(SAMUEL CUNHA)
ResponderExcluirNinguém nasce aprendendo a amar
O amor deveria ser uma virtude
Da qual todos deveriam possuir desde o berço
E quando crescemos e aprendemos
Tão pouco sabemos
Que a nossa vida é tão curta
Por ela ser mesmo curta
Tentamos a todo custo
Proteger a cada segundo quem amamos
Passamos a viver a cada dia aflitos
Pensando como será esse dia?
Chegará?
E quando o amor bate mesmo à porta
Nasce aquele sentimento de que
Tudo é maravilhoso e perfeito
O que não enxergamos
É de que essa pessoa ainda tem que aprender
O verdadeiro Sentido de AMAR
Que somos feitos da mesma carne
Do mesmo osso e voltamos a ser um dia
O nada...
Começamos a magoar
E ser magoados
A ferir
E a sermos feridos
Até que um dia
Passamos a enxergar
Que a verdadeira felicidade depende de nós
Mesmo que a vida seja essa constante
De desafios,lutas e conquistas
Seja feliz,ame mais que tudo
Então aprenda a ter muita união
Viva sua vida com determinação
Porque a vida é uma batalha
Para ser empunhada com a espada
Com amor no coração.