quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Hoje



Hoje as portas vão se abrir
Porque não cabe estrada
Nem a distância, nem chão
Os poetas vão sorrir
Para poder escrever abrigo
Hoje vou sair com os amigos
Não vou deixar que as letras
Sejam de melancolia
Porque a miséria não cabe
Nesta alegria,
Vou roubar aquela estrela
Para colocar na sua janela
E mostrar que o pequeno
É o brilho da nossa rede
Deixem se confessar
A chuva que me banha
Que me lava, é o sol
daquela estrada
Deixa o coração bater
E a vergonha escancarada
Porque o dia vai amanhecer
E a madrugada é cheia de vida
Quero dançar a ciranda
Contar histórias de criança
Sem nostalgia
Porque hoje, sou poesia
Minha alma quente,
Em chama, vela, voa
No brilho da lagoa
Do que me encontro
Sem medo da lua
Vou rasgar esse cegueira
E para o frio numa lareira
Com essa intensidade
Porque amanhã não tenho garantia
E o vento levará a nossa folia
É muita dor para pouco
Deixe que essa sede de ser
Seja simples, porque sorrir
É abrir a tristeza
Porque a beleza
Está na nossa leveza
E onde quer que eu esteja
Que esse seja, ao menos hoje,
O meu sinal

Mayara Floss

3 comentários:

  1. Concordo. Hoje é o maior presente. Beijos!

    ResponderExcluir
  2. Andas meio vidrada nesse negócio de tempo... Lamentas uma oportunidade perdida ou estás te achando velha? hehe

    Desculpe a irreverência no comentário.

    Segue o baile que está bom, como sempre.

    ResponderExcluir
  3. Olá Anarchy,

    Talvez um pouco de cansaço, fez-me refletir bastante. Obrigada.

    M. F.

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...