
Meus versos não tem hora.
Ainda bem, pois, já passou da meia-noite
A luz trêmula
Mostra a poeira sobre as palavras
E cega-me o papel branco
A cada pálpebra que cai
Meus olhos deixam o passado
E minhas mãos escrevem
O futuro de meu poema
Abre-se para tantos outros
E minha hora não tem versos
O poema me abraça
E procuro as rimas
Para ninar minhas letras
Talvez algum verbo
Provérbio ou adjetivo
Ficou em silêncio
Porque é noite
E a lua segurou-me pela mão
E levou-me para minha antiga casa
Porque o berço das palavras
Finge morar no futuro,
Mas vive no passado
Mayara Floss
Gostei muito dos três últimos versos.
ResponderExcluirParabéns