domingo, 3 de abril de 2011
Marinheira
Fiz no campo meu berço
A espera de um olhar
Para mudar os meus olhos
Na tenra grama
Projetei um mar verde
Ondulando com o vento
Com os grilos piratas a cantar
O repousar do dia.
Abraçando o cinza do meu peito
Apenas o cobertor sabia
O que era a minha pele
E o frio desenhava-se em meu corpo
Na solidão do verde daquelas águas
Seguia na companhia da distância
Uma ânsia de voltar para a terra
De sentir meus pés firmes
E meus olhos menos mareados
Porém, ainda tinha um cobertor
para acalentar meu desassossego
E me manter seca
Mesmo marinheira naqueles campos
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Me identifiquei tanto com este espaço. Imagens e palavras que se completam. Gostei...
ResponderExcluirhttp://lindascores.blogspot.com/
Toda a gente deveria ter um cobertor especial que fosse sempre uma fonte de ternura e calor gratuita e infindável...
ResponderExcluirPoema narrativo que apresenta a vida dura de uma mulher. Salva-a e protege-a da solidão e do frio um cobertor. O cobertor é o agasalho terno que lhe aconchega e aquece a alma e o corpo.
ResponderExcluirBelíssimo, conjunto texto e imagem! Parabéns pela participação!
ResponderExcluirAbraços renovados!
Olá,
ResponderExcluirFicou muito sensível a sua ternura!!!
Em muitos casos, é preciso de extrema sensibilidde para enxergar a ternura nas diversas formas de ser marinheiro(a) pala vida afora...
Abraços fraternos
Lindo, Mayara.
ResponderExcluir"E o frio desenhava-se em meu corpo
Na solidão do verde daquelas águas
Seguia na companhia da distância
Uma ânsia de voltar para a terra
De sentir meus pés firmes"
Lembrou algo de ZD:
"Se volto pra mim
Pouso na terra
E é macio saber
Que isso não me assusta
Que já não me assusta
E me gusta voltar"
Saudade de ler teu blog!
Bjos ;D
Suavemente terno e lindo!Aplausos...bjs
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