Na sincronia das cidades
Dos uniformes preto-branco
(a salvo algumas crianças coloridas)
Varrem, laranjas a sujeira dos outros
Sacolas sobrevoam a calçada
Aliás até o céu tornou-se cinza,
Acostumado com o asfalto
Tocos de cigarros
Há mais dignidade nestas mãos
Que limpam a sujeira dos outros
Do que naquelas de terno e gravata
Trabalhando com as contas mais sujas
Calçados impecáveis
O que menos chega ao chão são folhas
As sombras são de concreto
E o frio é a falta de calor
Que passa pelo coração da cidade
Publicidade amassada
Só eles sabem o quanto suja
As pegadas sicronizadas,
Nossos corpos de plástico,
E varrem nossa alma de papel
Mayara Floss
terno, gravata ou jaleco
ResponderExcluirRealmente: ou jaleco.
ResponderExcluirE a gente nem viu nada...
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