sábado, 15 de setembro de 2012

Apagão




De repente eu estava torcendo
Para cair a luz
Enquanto a chuva batia na minha janela
Torcia para poder ficar eu, a chuva e a lua
(e talvez uma vela)
Tamborilando no tempo
No silêncio escuro da cidade
Afinal, nenhuma tempestade
É como meu interior
E nada como tocar um temporal
E sentir essa simpatia natural
Escorrendo em meu corpo
E toda a realidade
É apenas um lampejo de um trovão
Clareando minha alma
Nessa afinidade
Líquida de tempo e canção

Mayara Floss

2 comentários:

  1. Chuva e poesia. Parceria perfeita.

    Se tiverem, então, raios e uma queda de luz...

    O chato é não conseguir ler/escrever no escuro :/

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