Foto: Fabiano Trichez
"É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio." Carlos Drummond de Andrade
Só te prometo mais um rosa sobre o asfalto
Não cansei de regar o canteiro à espera
de uma flor na primavera
Se sou tão formiga, tão pequena, tão menina
Não deixe a terra arida comer a minha esperança
Se ela já comeu tanta carne e ressecou tantas mãos
No fundo, ainda estou sentada na varanda
Com os olhos profundos vendo o movimento
E me levando cambaleante para regar as flores
Se meu rosto envelhece, minhas mãos se enternecem
Sou tão pó quanto a terra que amacio para ver
O quanto o tempo cabe em uma flor
E quanto de flor cabe em mim e no tempo
Sou tão metade de quem bate em minha porta
ou de quem vejo no leito, mas por favor
Não mate as flores do canteiro
Mesmo ainda broto ou semente
Que toda a eternidade de rosa e de flor
É o tempo que cair nas mãos de um jardineiro
E terás sido pleno por amor naquele instante
Mayara Floss
Recém agora eu consegui retribuir o comentário que você(s) deixaram no meu blog. Estive meio atordoado ultimamente.
ResponderExcluirNão tive tempo de apreciar ainda o blog de vocês mas assim que me aliviar aqui um pouco eu juro que olho mais a fundo.
Parabéns pelo blog (gostei muito do pouco que li) e obrigado pela visita.
Sintam-se a vontade de voltar lá mais vezes.
Abraço,
Pedro