Confesso que quero minha vida-poesia
Minhas rédeas soltas
E menos uma estatística
Na minha vã filosofia
E peço para todos os místicos
Uma sentença
Para o meu desconforto
Às vezes esqueço que
o lado esquerdo é o do coração
Me desculpe mas deixei cair os dados
E espero que minha fé não seja em vão
Perdi meus documentos
E penso num disco voador
Na minha sacada
E deixei minhas crenças na mesa
E se o vinho manchou a toalha
Espero que o futuro
Não passe deste infortuito
E que a vida fique por medida
No infinito dos dias
das frações do tempo
Divididas de mão em mão
Deixo minhas palavras ou meu
Silêncio para a próxima música
tão eterna quanto este instante
Mayara Floss
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